sexta-feira, 28 de maio de 2010

Como reduzir o crescimento dos gastos com o plano de saúde da sua empresa quando tudo a volta parece jogar contra?


É difícil abordar um tema tão complexo e importante sem ocupar muitas linhas ou ser objetivo o bastante sem ser simplista. Mas o fato é que o aumento dos gastos com assistência médica tem sido uma das principais preocupações das corporações nos últimos anos. Nos Estados Unidos este assunto é tão grave que há grandes empresas beirando a falência por conta do mau dimensionamento do risco que assumiram em tempos de bonança.


No Brasil, este assunto também tem tirado o sono de muitos executivos que não sabem como estancar os reajustes impostos pelas operadoras de planos de saúde em função dos índices elevados de sinistralidade que, de forma crônica, assolam os orçamentos das corporações.

Em geral e por motivos diversos, as empresas têm enorme dificuldade em equacionar este problema que teima em aparecer a cada aniversário de contrato com as operadoras de plano de saúde.

São várias forças atuando em um ambiente complexo, cada uma com interesses distintos e diferentes níveis de influência. Vejamos algumas delas:

Governo: interesse em repassar integralmente os custos de atendimento da população economicamente ativa para a iniciativa privada e auferir receita tributária através da saúde suplementar – alto nível de influência;

ANS: interesse em regular o mercado de saúde suplementar para que este ofereça coberturas nos mesmos moldes da seguridade social – alto nível de influência;

Justiça: interesse em garantir os direitos das partes envolvidas, sobretudo das partes mais fracas da cadeia – alto nível de influência;

Hospitais: interesse em manter elevados níveis de ocupação de seus leitos, centros cirúrgicos e utilização de seus recursos tecnológicos – médio nível de influência;

Laboratórios: interesse na alta utilização dos recursos diagnósticos instalados – médio nível de influência;

Médicos: interesse em diagnosticar e tratar/curar os pacientes utilizando-se dos recursos disponíveis – médio nível de influência;

Indústrias de equipamentos e farmacêuticas: interesse na utilização dos equipamentos / medicamentos desenvolvidos – médio nível de influência;

Fornecedores de insumos: interesse em fornecer os insumos manufaturados – médio nível de influência;

Operadoras: interesse em oferecer planos de assistência médica – médio nível de influência;

Corporações: interesse em contratar planos de saúde para seus colaboradores – baixo nível de influência;

Colaboradores: interesse pela cobertura dos planos de saúde – baixo nível de influência.

Neste ambiente inóspito, as empresas e seus colaboradores ficam espremidos entre as demais forças, tentando driblar toda a sorte de pressão que é exercida na forma final de reajustes de custos, co-participação, redução de abrangência da rede credenciada, dentre outros artifícios.
Nenhuma das forças que sufocam as empresas e seus colaboradores, contudo, apresenta soluções que sejam eficientes no combate ao aumento de custos e as empresas, em vão, tentam postergar aumento de custos com o menor impacto possível no nível de qualidade de seus programas, nem que para isso promovam transferências periódicas para outras operadoras que ofereçam condições de preço melhores.

Em verdade, essa prática é um tiro no pé da própria empresa que contrata planos de saúde, pois entre as operadoras não há grandes variações na expectativa de risco e na base de custos que corroboram para formação dos preços dos seus planos de saúde.

Mesmo que haja interesse comercial momentâneo por parte de algumas operadoras em crescer suas carteiras de clientes, estas sabem que ajustes futuros na base de preços de contratos novos serão necessários e ocorrerão.

É um ledo engano acreditar que com a outra operadora o resultado da tal da sinistralidade será diferente, caso não haja uma revisão do desenho do programa de assistência médica da empresa e, ainda assim, isso não é garantia de redução dos custos pois, se o nível de utilização é alto em uma determinada operadora, o que irá garantir que este nível se reduza em outra?

O fato é que o conjunto de dispositivos de contenção de custos possíveis e ou mitigação de risco através da gestão técnica e financeira do programa de saúde de uma empresa deve ser permeado pela gestão compartilhada com seus colaboradores, pois estes são os agentes da utilização efetiva do sistema e mantê-los alienados da importância de suas ações sobre o sistema implica na manutenção deste estado crônico de reajustes e crescimento constante e abrupto dos gastos com os contratos de planos de saúde.

A atuação racional do colaborador diante das demandas de saúde, a consciência e ação para que este promova sua melhor forma física e mental é que garantirá que o crescimento dos custos se desacelere de forma sustentável ao longo do tempo. Mas como conseguir este engajamento por parte dos colaboradores e seus dependentes?

Segundo alguns especialistas, o Brasil caminha para a chamada Terceira Geração da Assistência Médica, onde o foco das ações está no processo de educação dos usuários, premiando-os, de alguma forma, por promoverem seu próprio bem estar físico e mental, através da prática de atividades físicas regulares, de bons hábitos alimentares, do controle da pressão arterial e do IMC em níveis normais, do controle dos níveis de estresse entre outros.

As pessoas engajadas neste processo de promoção da saúde contribuem diretamente para a queda da sinistralidade e este grupo deve ser incentivado pela empresa e as ações também devem ser direcionadas para o crescimento deste grupo.

Este é um trabalho que apresenta resultados a médio e longo prazos, mas que serão perenes por atingirem o problema em sua origem, pois pessoas saudáveis tendem a utilizar menos os serviços de saúde e são disseminadores dessa cultura saudável em todo a organização.

A LAMP disponibiliza aos seus clientes empresariais um conjunto de programas voltados a promover a conquista de um modo de vida saudável de forma a alcançar o equilíbrio da sinistralidade dos planos de saúde.

Este conjunto de programas é denominado Lamp e Você® e oferece aos usuários apoio para superar os momentos difíceis e para a conquista de um modo de vida mais saudável, equilibrado e produtivo; possibilidade de ampliação da rede de relacionamentos e ganho de qualidade nas relações interpessoais e familiares e ampliação dos conhecimentos e do nível de consciência de si mesmo e do todo.

Caso tenha interesse em conhecer o Lamp e Você®, encaminhe um e-mail para mim que enviarei um sumário em pdf.

Um abraço,

Alberto Matos

beto@ilamp.com.br

Alberto Matos é executivo da LAMP, além de consultor em assistência médica e um dos responsáveis pela gestão do Lamp e Você®.


segunda-feira, 24 de maio de 2010

O que leva o executivo brasileiro a trocar de emprego?

Segundo pesquisa realizada pela empresa de consultoria em recrutamento Robert Half com mais de 3 mil profissionais de média e alta gerência em 13 países, o brasileiro está entre os profissionais mais exigentes do mundo na hora de avaliar sua permanência em uma empresa.


Dentre os principais fatores de análise considerados pelos profissionais brasileiros, o aumento de salário aparece com 56% das respostas, seguido dos benefícios extras com 50%, horários flexíveis com 43% e treinamento com 40%.

Se comparado com profissionais de outros países, o profissional brasileiro demonstra maior preocupação com o desenvolvimento profissional. Um plano de carreira bem definido, foi apontado por 39% executivos entrevistados como fator primordial para permanecer na empresa, o maior índice entre todos os pesquisados.

A pesquisa realizada pela Robert Half ouviu executivos de média e alta gerência da Áustria, Bélgica, Brasil, República Tcheca, Dubai, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Espanha, Suíça e Holanda. As entrevistas foram realizadas no primeiro trimestre do ano. No Brasil, foram entrevistadas 227 pessoas.


Um abraço,
Alberto Matos


Alberto Matos é diretor executivo da LAMP.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Alto nível de estresse e pressão no trabalho tem maior impacto sobre a saúde das mulheres


Olá!
A revista Occupational and Environmental Medicine de Maio de 2010, apresentou os resultados de um estudo realizado na Dinamarca, em que um grupo de mais de 12 mil mulheres foram observadas durante 15 anos. O estudo indica que as mulheres expostas a trabalhos com alto nível de estresse e pressão, são mais suscetíveis a desenvolverem distúrbios emocionais e doenças físicas importantes e de alto risco.

Ao longo do estudo, as mulheres observadas responderam a questionários. Das que apontavam o alto nível de pressão em seu trabalho, 50% tinham maior risco de desenvolverem problemas cardiovasculares e emocionais, principalmente entre as entrevistadas com menos de 51 anos de idade.

O estudo indica que o efeito do alto nível de pressão e estresse no trabalho tem maior impacto sobre as mulheres mais jovens, confirmando os resultados de outros estudos realizados anteriormente que observaram os efeitos específicos por idade em homens e mulheres.

A pesquisa considerou ainda outros fatores, tais como ambientes psicossociais no trabalho, influência no emprego, características ocupacionais, níveis de atividades físicas durante o trabalho, tabagismo, índice de massa corporal, consumo de álcool e histórico familiar de doenças.

Dentre as mulheres que apontaram o nível de pressão do trabalho como alto todas apresentavam algum tipo de transtorno comportamental devido a distúrbios emocionais, 580 foram internadas com doença cardíaca isquêmica, sendo 369 casos de angina, 138 de infartos e 73 de outros casos.

O estudo ainda aponta algumas formas de intervenção que as organizações podem adotar para prevenir a evolução dos problemas para quadros mais graves. Essa intervenção deve ocorrer através da abordagem individual e também organizacional.

Na abordagem individual, além dos treinamentos contínuos voltados ao desenvolvimento de competências emocionais - assertividade, comunicação, competências, gestão do tempo, solução de problemas e gestão eficaz, é importante a implementação de programas de assistência psicológica ao empregado (EAP).

O EAP é um dos elementos mais importantes, tem como objetivo inicial apoiar os colaboradores em momentos de dificuldade, auxiliando-os a supera-las, mas ao longo do tempo este programa cimenta o desenvolvimento das competências emocionais de cada indivíduo.

O EAP serve de base para o Com Você®, programa exclusivo oferecido pela LAMP aos seus clientes, com o objetivo de assistir seus colaboradores e dependentes casos estes estejam passando por momentos difíceis e ou estressantes. O Com Você® ainda pode oferecer consultoria jurídica e orientação financeira.

No entanto, existem muitas fontes de estresse e pressão que o indivíduo é suscetível de perceber como fora do seu poder de mudança, como a estrutura, estilo de gestão ou cultura da organização.

Dessa forma é fundamental a abordagem organizacional, pois o principal objetivo da abordagem individual deve ser o de desenvolver habilidades e a confiança das pessoas para mudar sua situação, não ajudá-las a se adaptar e aceitar situações fatigantes.

Uma abordagem organizacional que se limita a ajudar aqueles que experimentam o estresse que é, em boa parte, causado pela organização é análoga à administração de emplastros para feridas, aliviando temporariamente seus efeitos, mas sem tratar as causas do dano.

Na abordagem organizacional, a observação de alguns princípios é fundamental para se seguir em frente:

- As condições de trabalho são adaptadas para pessoas com aptidões físicas e mentais diferentes;

- Ao empregado é dada a oportunidade de participar no desenho de suas atividades e nos processos de mudança e desenvolvimento que afetam o seu trabalho;

- A tecnologia, a organização do trabalho e conteúdo de trabalho são concebidos de modo a que o empregado não esteja exposto a ameaças físicas ou mentais que podem levar ao desenvolvimento de doenças ou acidentes.

- As formas de remuneração e a distribuição dos horários de trabalho são tomadas em conta;

- O trabalho deve proporcionar maior contato social, cooperação. Este deve ser coerente entre as diferentes operações;

- As condições de trabalho devem proporcionar oportunidades para desenvolvimento pessoal e profissional, bem como para a auto-motivação e responsabilidade profissional.

A organização deve, à luz dos princípios, avaliar o risco de estresse no local de trabalho considerando todos os aspectos envolvidos, desde sua concepção e gestão, bem como sua função social e organizacional. Embora a prioridade seja a prevenção, medidas de proteção e técnicas para gestão do estresse podem e devem ser introduzidas para controlar o risco.

A estratégia para a intervenção na abordagem organizacional pode ser dividida em seis estágios:

- Identificação das ameaças: Identificar com segurança os agentes estressores que existem em relação ao trabalho e suas condições e fazer uma avaliação do grau de exposição a estes;

- Avaliação de danos: Coletar evidências do quanto a exposição aos agentes estressores está associada ao comprometimento da saúde do grupo de indivíduos. Isto deve incluir uma ampla gama de resultados relacionados à saúde, incluindo sintomas de mal-estar geral e problemas específicos;

- Identificação dos prováveis fatores de risco: Explore as associações entre a exposição aos agentes estressores e as medidas dos danos causados, para identificar prováveis fatores de aumento no nível do risco do grupo, e fazer alguma estimativa do seu tamanho e/ou importância;


- Descrição dos mecanismos subjacentes: Compreender e descrever os possíveis mecanismos pelos quais a exposição ao estresse está associada à danos a saúde do grupo avaliado;

- Auditoria e apoio aos sistemas de gestão instalados: Identificar e avaliar todos os sistemas de gestão, tanto em relação ao controle do estresse e da experiência de estresse no trabalho, e em relação à prestação de apoio para os empregados com problemas.

- Recomendações sobre o risco residual: A organização deve assumir o controle da gestão dos sistemas de apoio existentes ao empregado e em conta própria. Deve fazer recomendações sobre o risco residual associado com o risco provável de fatores relacionados ao estresse no trabalho.

A intervenção de sucesso resulta na conquista de uma cultura de abertura e compreensão, ao invés de culpa e crítica, com impactos positivos na qualidade de vida de seus colaboradores, na produtividade, na qualidade dos processos, produtos e/ou serviços, nas margens de lucro e na imagem da empresa diante mercado em que atua e do público em geral.

Mas para construir essa cultura é necessário que o modelo venha de cima para baixo, onde o exemplo dos dirigentes da organização seja fator motivador da mudança junto aos colaboradores, bem como o monitoramento constante dos objetos e níveis de tensão, através dos instrumentos de gestão dos níveis de estresse e pressão.

Um abraço,

Alberto Matos
Alberto Matos é executivo da LAMP e responsável pela gestão do Com Você®, programa exclusivo de assistência psicológica que a LAMP oferece aos seus clientes.

NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA

Olá!

O novo Código de Ética Médica que está em vigor desde 13 de abril é o resultado de 2 anos de debates entre Conselhos Regionais de Medicina, Entidades Médicas, médicos e as instituições científicas e universitárias.

O texto traz princípios fundamentais e ampliação dos direitos dos médicos, mas tem como contrapartida o esclarecimento de seus deveres.

O Código de Ética Médica trata-se de um ato normativo e não legislativo, portanto não é Lei Ordinária. Este foi publicado através de uma Resolução do Conselho Federal de Medicina (RN-CFM nº 1.931 de 17/09/2009).

Dada a tipificação do Código de Ética Médica, é cabível ao juiz de direito utilizar-se do Código quando for constatado vazio legal em questões que envolvam a prática médica, a fim de promover seu melhor juízo de valor.

Questões relativas a autonomia do paciente, seu direito a informação, bem como avanços tecnológicos (Telemedicina), uso de seres humanos e animais em pesquisa, tratamento de pacientes com doenças em estado terminal ou incuráveis, recomendações explícitas sobre os tratamentos de fertilização, entre outros pontos, foram alvos de maior atenção da banca que redigiu o novo texto normativo.

Partindo do pressuposto de que a criança tem o direito de saber o que será feito com o seu corpo, o Código faz recomendações expressas aos médicos para que colham o assentimento do menor de idade em qualquer ato médico a ser realizado, mesmo que este esteja representado pelos pais.

Foi proibida a permissão de manuseio e conhecimento dos prontuários médicos por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional, quando da responsabilidade do médico. Adicionalmente há a necessidade de que este, assim como receituários e demais documentos emitidos pelo profissional médico, sejam grafados de forma legível a todos.

Por fim, é possível afirmar que o novo Código foi enriquecido com textos que beneficiam ao profissional médico e a sociedade, uma vez que os deveres dos médicos em relação aos pacientes foram reforçados com redação mais justa e clara.

Um abraço,

Alberto Matos


Alberto Matos é executivo da LAMP e está a disposição para trocar idéias com você sobre este e outros assuntos.

Em breve o mundo será dos nossos avós

Olá! Tudo bem?

Dia desses um amigo me mandou um e-mail chamando minha atenção para uma reportagem de O Estado de São Paulo datada 04 de abril. A reportagem da conta de que em 14 anos a população da cidade de São Paulo terá mais idosos que crianças. Essa informação é resultado de um estudo realizado pelo SEAD a pedido de O Estado de São Paulo.

Segundo projeções do SEAD a população paulistana com 60 anos soma 1,3 milhão de pessoas, projetando para 2024 um número maior de idosos (2,2 milhões) frente a população de jovens com até 14 anos (2,13 milhões). A reportagem ainda cita que o número médio de filhos por mulher na capital Paulista, caiu de 2,2 para 1,9 nos últimos dez anos, resultando em uma redução de 14%. Em se mantendo esse ritmo, o índice será de 1,64 filhos por mulher em 2017.

Como quero viver bastante e ajudar a engrossar essa fileira me achei no dever de investigar melhor tudo isso e verificar qual o preço que irei pagar por te esse objetivo. Então tratei de ir atrás de algumas informações e vejam só. O fato é que essa não é uma realidade só da cidade de São Paulo mas das grandes cidades como um todo e mais, do mundo e a uma velocidade assustadora.

As vésperas do século 21 a ONU virou seus olhos para essa questão que até então estava limitada ao âmbito de órgãos auxiliares e em 2002, em evento realizado na Espanha, contando com a presença de delegações de inúmeros países lançou o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento, que dentre outras tratativas e artigos dispõem de 66 recomendações referentes as áreas de saúde e nutrição, proteção ao consumidor idoso, moradia e meio-ambiente, família, bem-estar social, previdência, trabalho e educação, criando por assim dizer regras que servem de base para o que os especialistas chamam de Economia da Longevidade.

No Brasil a situação é crítica e merece toda a atenção deste e dos futuros governos, nas esferas federal, estadual e municipal. As projeções da ONU realizadas em 1998 se confirmaram: indicavam que em 2000 o Brasil teria uma população 170 milhões de habitantes, dos quais 49 milhões com menos de 15 anos de idade e 8,7 milhões acima de 65 anos. A ONU ainda previu que em 2050 a população brasileira chegará a 244 milhões de pessoas, o que não é muito se comparado com outros países com dimensões geográficas semelhantes, com 49 milhões de jovens com até 15 anos de idade e 42,2 milhões de idosos.

Por conta do diferencial de taxas de crescimento entre os dois grupos, o jovens que em 2000 representavam 28,8% da população brasileira, em 2050, passarão a responder por 20,1%, em contraste com a participação da população idosa, que em 2000 correspondia míseros 5,1% da população total do País e hoje corresponde a 9%, em 2050 participará com 17,3% do contingente nacional. Pois é, se antes os idosos eram relegados ao canto da casa, hoje e no futuro serão presença constante entre a população.

Outro dado importante dá conta de que os idosos representam 11% da população mundial (770 milhões), sendo que desse total de idosos, 35% se encontram, veja só, nos países que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), sendo Brasil: 6% (17 milhões), Rússia: 9% (25 milhões), Índia: 31% (85 milhões) e China: 54% (145 milhões).

Entre os países do BRIC, a Rússia se destaca por deter o maior índice de envelhecimento, uma vez que lá, o processo de queda de fecundidade se iniciou muito antes dos demais países do bloco. A população de idosos da Rússia já é maior que a de crianças e sua participação no total da população é de 13,2% contra apenas 5,2% na Índia, 9% no Brasil e 11,3% na China.

Muito bem, já dá pra ter uma boa noção de que o envelhecimento da população do planeta já está ocasionando profundas alterações na economia mundial, na ordem social e em nosso dia-a-dia. Com isso as questões e regras tratadas pelo Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento editado pela ONU devem ser alvo de discussão e rápido equacionamento, mas como fica o Brasil? Quais os impactos?

Bem, diferentemente das nações mais ricas, o Brasil já tem um enorme desafio econômico diante desse quadro de transição do perfil populacional. Os países desenvolvidos cresceram economicamente e depois passaram a envelhecer de forma lenta e gradual, enquanto que o Brasil, e os demais países do mundo, estão envelhecendo rapidamente sem terem conseguido, na sua maioria, um mínimo de desenvolvimento econômico. A França levou 115 anos para dobrar a proporção de idosos na sua população enquanto que o Brasil conseguiu este feito em, pasmem, menos de 20 anos.

Diante deste quadro temos como desafio o financiamento da seguridade social. Questão ainda não equacionada e, aliás, que está longe disso. É fato que o modelo atual já padeceu e não está capacitado para lidar de forma efetiva com a futura população idosa, num cenário de ainda baixo crescimento econômico se comparado a países como China, Índia e até mesmo os Estados Unidos pós-crise, bem como da crescente informalidade que permeia o mercado de trabalho nacional, cerceando ainda mais a possibilidade de capitação de novos recursos. Além disso, a transição demográfica já está exercendo fortes pressões sobre diversas áreas para que estas atendam as necessidades da população idosa, tais como a necessidade de vagas em escolas, além de demandas por postos de trabalho, por leitos hospitalares e assistência médica especializada, atividades culturais, opções de laser, entre outras.

Porém, se de um lado a transição demográfica ensejará fortes desafios ao País, de outro, serão estes desafios que poderão gerar oportunidades que permitirão ao Brasil incrementar o crescimento de sua economia e do bem-estar social da população. Este momento, dado o ambiente político e econômico atual, é favorável e se mostra pertinente, antes de tudo, às políticas públicas no que se refere a população jovem, mais pelo estoque da população a ser atendida do que pela redução do seu ritmo de crescimento. Onde, aliás, os investimentos já estão ocorrendo em alguns locais, como é o caso da amplicação das FATECs em São Paulo.

Nesse cenário, o ensino médio e profissionalizante assume importância fundamental na nova realidade econômica. Quando os requisitos para inserção no mercado de trabalho têm se sido cada vez mais rigorosos. Portanto, urge a necessidade de um planejamento adequado que aproveite do dividendo demográfico para resolver ou reduzir problemas sociais históricos e promover o crescimento econômico de que o país necessita para o futuro.

Segundo palavras de Norma Herminia Kreling, Socióloga e Técnica da FEE (Fundação de Economia e Estatística) do Estado do Rio Grande do Sul, “Será decisivo, para equacionar a questão dos idosos, uma rigorosa política de investimentos no curto prazo na população jovem pobre, com o objetivo não só de garantir sua sobrevivência hoje, mas, principalmente, que crie condições para sua mobilidade social, possibilitando sua definitiva inclusão social no futuro”. A formação efetiva de jovens bem preparados para ingressarem no mercado de trabalho, a exemplo do que ocorreu na Índia, poderá ser uma forte ferramenta para a construção de elementos para se obter crescimentos fortes e sustentáveis no longo prazo e que permitam a instalação das políticas necessárias para a nova realidade demográfica.

Fora da esfera pública, já é possível também, identificar mudanças profundas no comportamento dos mercados, pois mais de 65% dos idosos são os mantenedores financeiros de suas residências. Entre 1991 e 2000 a renda média dos idosos também cresceu em termos reais e cresceu fortemente, batendo a casa de 64,25% e entre 2000 e 2008 o crescimento acumula mais de 20%. Suscitando, em especial nas grandes redes varejistas, um forte trabalho de marketing para oferecer produtos a esse público que tem como principal característica a fidelidade e o fato de serem bons pagadores.

Hoje, apesar de ainda estarem longe de atingir toda essa população, já há uma gama de produtos e serviços específicos voltados às necessidades dos idosos, desde calçados, mobílias, artigos de saúde e nutrição, entre outros, até planos de saúde, clínicas especializadas, condomínios de moradia para terceira idade. O mercado tem se mostrado estar muito atento às novas necessidades de consumo e serviços e tem criado uma série de novidades para esse público.

Linhas de crédito específicas para aposentados foram a coqueluche entre 2006 e 2008, fato que, aliás tirou o sono de muitos idosos que, num primeiro momento, ficaram encantados com a enxurrada de crédito barato, mas que depois cobrou se preço pela falta de planejamento financeiro e censo de urgência.

Mas as instituições financeiras não oferecem somente crédito consignado com parcelas pequeninas para pagar a perder de vista. Os bancos possuem uma gama interessante de linhas de investimento para investidores da terceira idade com perfil de conservador a moderado. As seguradoras desenvolveram produtos de seguro de vida com taxas mais baixas acoplados a sorteios mensais, esses seguros são ideais para o idoso que é responsável financeiro por terceiros e que anseia por assegurar o futuro dos que dependem de sua renda quando da sua falta.

O assunto é tão sério que a UFRJ recentemente lançou a primeira tábua biométrica nacional. Até então, as seguradoras e entidades de previdência privada brasileiras utilizavam tábuas americanas que estavam longe da nossa realidade. A tábua biométrica tem como função servir de base para se calcular o risco de morte no caso do seguro de vida e de sobrevivência no caso da previdência privada.

Com isso, particularmente a previdência privada, sofrerá alterações significativas na sua grade de preços, pois com o envelhecimento da população, a massa de recursos necessários para se garantir a renda futura necessária deverá ser maior.

Portanto Senhores pais, já dêem o primeiro passo educando seus filhos para que aprendam a poupar e a previdência privada é a melhor forma de poupança para quem pensa em garantira segurança financeira no futuro cada vez mais distante da maturidade plena.

Já aos jovens que se habilitaram a ler este artigo, fica a dica de que quanto mais cedo começarem a guardar uma fração pequena de 4% a 6% de seus rendimentos mensais, mais cedo estarão assegurando seu conforto financeiro no futuro. Faça as contas: se você ganha um Salário Mínimo por mês, basta abrir mão de R$20 a R$30 por mês para depois de 30 ou 40 anos de contribuições ininterruptas, desfrutar do enorme bolo de dinheiro que estas pequenas parcelas de sua renda mensal formaram.

O envelhecimento da população deve ser comemorado sim. Com isso, o brasileiro aprenderá a dar o devido valor aos que ajudaram a construir o país, respeitando e zelando pelo bem estar e dignidade dos seus jovens e sábios anciãos.

Que bom podermos ter nossos pais mais tempo ao nosso lado e ao lado de nossos filhos. Aprender ainda mais com os relatos de suas experiências e bebermos de sua sabedoria. Ainda mais reconfortante é nutrir a esperança de um convívio mais longo com nossos filhos, netos e até bisnetos e assim como nossos pais, podermos colaborar com eles transmitindo-lhes nossas experiências, nossos conhecimentos, nossas filosofias de vida, para que, de alguma sorte, possam ser melhores do que nós fomos.

Um abraço,

Alberto Matos


Alberto Matos é executivo da LAMP e responsável, dentre outras coisas, por Previdência Privada e Seguros. Depois deste artigo está fazendo planos para se tornar um idoso daqueles.

GESTÃO NO CAOS - com quem podemos aprender

Olá! Tudo bem?

Há uns 15 dias venho pensando sobre o que poderia escrever neste espaço que os doidos dos meus sócios me cederam e, conversa vai, conversa vem, um deles sugeriu que escrevesse um artigo em homenagem ao dia das mães.

 De início me esquivei dessa sugestão, pois pensei na enxurrada de artigos, matérias, notas, anúncios sobre o dia das mães, além disso, nem todos que recebem meus escritos e se encorajam a lê-los assim como você são mães, muitos sequer são mulheres.

 Mesmo sem ter certeza sobre se escreveria algo a respeito, comecei a reunir algumas informações, fiz algumas anotações e ao me deparar com o material, decidi-me por engrossar a fileira das inúmeras pessoas que irão escrever ou já escreveram sobre este assunto durante este período, afinal: mãe é mãe e todos nós viemos de uma!

Então resolvi escrever um texto que homenageia não só as mães, mas também as avós de hoje em dia, isso mesmo, este texto irá tratar daquelas senhoras que a cada dia são mais jovens e cativantes, pois estas, por assim dizer, sublimaram a maternidade e as mães de hoje serão as avós do futuro.

As avós de hoje não são muito diferentes das avós do passado, até mesmo de um passado mais remoto. As poucas diferenças se resumem, basicamente, ao tempo de sobrevivência, ao nível de educação e, por consequencia, ao acesso as informações.

É comum nos dias de hoje, principalmente no Brasil, avós cuidarem de seus netos, algumas até assumem a criação destes. Também é comum encontrar avós que são mantenedoras de toda a família, incluindo filhos e netos, que muitas vezes moram sob o mesmo teto.

Este não é um fenômeno que se restringe a classes menos abastadas. Em menor escala, há muitos lares da classe média em que filhos que já se casaram e formaram famílias, retornam a casa de seus pais, mesmo que provisoriamente, para que possam empreender novos rumos profissionais ou se reestruturarem após algum acidente financeiro. Nesse cenário, lá está a avó oferecendo apoio incondicional aos filhos e netos.

As avós de hoje, fazem tudo isso e boa parte delas consegue administrar seu tempo tão bem que é de fazer inveja a muito alto executivo de multinacional. Tem avós que cuidam de seus netos, cozinham para eles, buscam-nos na escola, vão ao mercado, a padaria, ao açougue, a feira, ao supermercado, ao banco receber seus rendimentos e pagar suas contas e ainda tem tempo de cuidar da casa, lavar e passar roupas, mas não abdicam de suas caminhadas diárias e de seus compromissos com a comunidade.

Essas avós são supermães, como sempre foram, pois desde há muito tempo as avós enfrentam com coragem todos os desafios que a vida lhes impôs, com amor, carinho, dedicação e gratidão. Sim, gratidão, pois toda a avó é grata a vida por ter a oportunidade de ter seus filhos e netos por perto.

As mães que ainda não se tornaram avós, não são assim tão diferentes destas últimas enquanto responsáveis pela criação de seus filhos e pelos cuidados a sua família. Boa parte das mães de hoje em dia, as mães modernas, podem ter aprendido com suas mães e avós, como administrar a rotina de suas famílias em um ambiente de Caos.

As mães modernas, precisam estudar e também trabalhar para prover o sustento da família, cuidar do lar, dos filhos, dos maridos (as que tem), de pais e/ou irmãos doentes ou dependentes, garantir o abastecimento, pagar as contas, levar os filhos ao médico, acompanhar suas atividades escolares, participar de momentos de lazer com seus filhos, entre outros tantos atributos quase que infindáveis, mas tudo com amor e dedicação.

Outra coisa que hoje em dia vem tomando muita atenção das mães é a preocupação com o futuro financeiro de seus filhos e não só na sua falta. As mães sabem que seus filhos encontrarão mais dificuldade em ingressar no competitivo mercado de trabalho. Elas sabem que será necessário muito investimento em educação para que estes possam se tornar candidatos a uma carreira profissional após concluírem a universidade.

Dessa forma, as mães modernas buscam formas de se protegerem e protegerem aos seus filhos e encontram no Seguro de Vida e na Previdência Privada, soluções interessantes para tal. Hoje há seguros especificamente voltados para a mulher seja esta mãe ou não, com coberturas e serviços diferenciados e a preços muito interessantes.

Alguns seguros de vida oferecem, além das coberturas de morte e invalidez, cobertura para alguns casos de câncer, indenizando a mulher para que possa fazer frente as despesas com o tratamento. No caso da previdência privada, é possível contratar planos de PGBL e VGBL com objetivo de garantir a educação dos filhos e até mesmo a realização de algum projeto empreendedor por parte destes.

Mas mesmo com as facilidades do mundo moderno, não é fácil ser mãe e isso é fato. Na minha humilde opinião é mais fácil ser avó, pois a avó tem como aliada a sabedoria, a maturidade adquirida ao longo de anos de maternidade. As avós conseguem se divertir com isso tudo, as avós, durante a nossa infância, são as mães que queríamos que nossas mães fossem, pois ser avó é ser mãe no superlativo. Ora, mas para ser avó é necessário ser mãe, não importa que seja de filhos naturais ou não, mas toda avó tem de ter sido MÃE!

Dedico este artigo a todas as Mães, mas em especial a Lupércia. Uma geminiana forte que me trouxe ao mundo, me criou e hoje curte a vida ao lado de seus netos e filhos ensinando a todos nós como é fácil ser feliz. Te amo Mãe!

Um abraço a todos e Feliz dia das Mães!

Alberto Matos
Alberto Matos é executivo da LAMP e é grato por você ler seus artigos